PROBLEMAS DE VISÃO, AUDIÇÃO E PALADAR NOS IDOSOS


Desde a meia idade, por volta dos quarenta anos, os problemas dos idosos começam a aumentar de maneira quase imperceptível. Aos poucos, eles vão percebendo que não conseguem ler os rótulos dos produtos que consomem, não ouvem o som das notas mais agudas e, dificuldades com olfato e paladar, os levam à perda do apetite.

Com os avanços da medicina, da tecnologia - do conhecimento humano enfim - a perspectiva de vivermos mais e melhor é uma realidade quase palpável. Estamos todos envelhecendo bastando, para isso, nos mantermos vivos. Simples assim!

A cada dia vivido ficamos 24 horas mais próximos da velhice, que correspondem a 1.440 minutos a
mais vividos e que, por sua vez, podem ser traduzidos em 86.400 segundos mais velhos. Embora haja dias em que parece que envelhecemos muitos anos nessas 24 horas. Como disse um amigo: “Ah, essa subjetividade que sempre invade e transforma nossas realidades!” Cada instante que passa não retorna mais e seguimos nossos caminhos rumo a novos desafios e ao envelhecimento.

Estudiosos e cientistas de diversas áreas se debruçam no estudo do processo de envelhecimento humano e realizam as mais diversas pesquisas para esclarecer as mudanças que ocorrem com as pessoas desde o instante de sua concepção até os momentos finais de suas vidas.

Muitos progressos foram feitos nesse sentido. Exemplo disso é sabermos que um bom número das mudanças fisiológicas e declínios que até há pouco tempo eram associados ao envelhecer são, hoje, atribuídos muito mais ao estilo de vida adotado pelas pessoas do que ao envelhecimento. 

Porque os problemas acontecem

Há fatos que ocorrem no período que se estende entre a meia idade e o envelhecimento, variando conforme a pessoa. Conhecê-los pode nos auxiliar a tomar consciência desses processos e a entender que nunca é tarde para nos precaver.  Como fazer isso? Consultando periodicamente médicos geriatras e especialistas, para entender como ajudar o organismo a funcionar de modo saudável.

Muitas pessoas acabam necessitando de óculos devido à presbiopia – mais popularmente chamada de “vista cansada”. Podem resultar da menor flexibilidade e secura da lente natural que possuímos em nossos olhos. Certamente, o uso de colírios específicos e exercícios receitados pelo oftalmologista poderão minimizar o desconforto provocado por essas condições.

Pode ocorrer perda gradual da audição em relação aos sons mais agudos do que os da voz humana. Esta perda auditiva parece acontecer mais cedo nos homens que nas mulheres, mas elas também têm sua audição prejudicada na velhice. A consulta a um otorrinolaringologista os alertará em relação a este problema, assim como aos zumbidos, labirintite e ao correto modo de limpar os ouvidos.

Os idosos costumam reclamar da falta de apetite. Os alimentos que até há pouco tempo resultavam em prazer ao serem degustados, começam a perder o sabor, falta-lhes tempero. Os sabores azedos, amargos e salgados são mais afetados do que outros. O paladar está associado ao olfato. Ao sentirmos o cheiro da comida sendo preparada a identificamos; se o seu aroma nos agrada, já ficamos alertas para o momento de saboreá-la. Se você perceber alguma alteração em seu paladar, vale a pena consultar um otorrinolaringologista e solicitar explicações sobre o que está acontecendo.

Pessoas que se submetem a tratamentos médicos mais específicos e longos tendem a perceber a diminuição do olfato e do paladar como resposta do organismo à medicação. Consultar um médico geriatra garante a possibilidade de encaminhamentos corretos, sem grandes perdas de tempo.

Ser idoso – ou cuidar de um idoso – significa ficar atento a uma série de situações que, embora aparentemente não representem grandes prejuízos, podem ser sintomas de estados de saúde mais delicados. Todo o cuidado é pouco nessa hora. Para garantir saúde e maior qualidade de vida aos idosos precisamos contar com a ajuda de profissionais experientes que saibam lidar com a situação e, sobretudo, saibam orientar o idoso ou seu cuidador sobre causas e consequências desses eventos.

8 comentários:

  1. 86.400 segundos mais velhos🤔🤔interessante!! Tenho q admitir q alguns desses sintomas já estão presentes no meu dia a dia.. falta de paladar principalmente. Sabe Malu, esse seu trabalho é de extrema importância para principalmente àqueles que têm grande dificuldade em "aceitar" a terceira idade, e olha q conheço vários e não são poucos viu... um beijo e parabéns pelo belo trabalho q vc vem desenvolvendo.

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    1. Oi, Cláudia, que bom que você está gostando e percebendo a importância de fazermos circular informações sobre o envelhecimento e tudo o que acompanha essa fase. Envelhecer é, ainda, algo recente em nossa sociedade. Então, muito há que se informar, esclarecer, estudar e garantir que possamos obter qualidade de vida nesta etapa tão importante e tão mal compreendida. Beijos

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  2. Excelente matéria, Malu! Útil e necessária. Parabéns!

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    1. Grata, Silvia Triboni, por sua participação e comentário. Quero, cada vez mais, trazer informações diversas que auxiliem pessoas a reconhecer o idoso como alguém que merece ter boa saúde para continuar tendo planos, desejos e realizações. Beijos

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  3. José Clemente Méo Junior6 de dezembro de 2019 às 11:08

    Há muitos anos, vi uma reportagem sobre a comprovação científica sobre a percepção que temos sobre a velocidade do tempo; aquela sensação de que os dias estão passando muito depressa ou muito devagar.

    O que foi comprovado é até fácil de entender e aceitar. Quando somos crianças, a velocidade do nosso organismo produzindo e renovando as nossas células é muito veloz, Fazemos tudo rápido... corremos, pulamos, brincamos... A sensação é de que os adultos são mais lentos e os adultos também acham que as crianças são muito ágeis, "elétricas". Conforme o tempo vai passando, nosso organismo começa a diminuir a velocidade de criação e renovação das nossas células e vamos ficando mais lentos. Consequentemente, quanto mais idade temos, achamos que as coisas ao nosso redor acontecem mais rápidas, principalmente quando observamos as crianças, os jovens e os adultos até a faixa de 35 anos. Eu tenho esta percepção.

    Vi, também, algumas entrevistas com médicos e especialistas, dizendo que nós deveríamos começar a consultar médicos geriatras por volta dos 26 anos, pois já é a partir dessa idade que nosso organismo já começa a perder a velocidade necessária para nos manter "jovens".

    Precisamos mesmo nos cuidar em todas as fases de nossa vida.

    Parabéns, Malú, pelo texto.

    José Clemente Méo Jr

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    1. Bem escrito Clemente, acrescento que estudos mostran que todos os sentidos tem +/- o mesmo degaste. Paladar e tato são mais difíceis de serem percebidos. Daí nós nunca mais sentimos o gostos da comida de vó, deixarmos cair coisas pela perda do tato ! Abço Clemente, bjão Malú!

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    2. Eduardo Meyer, é isso mesmo o que acontece. Aos poucos vamos perdendo a "sutileza" que se fazia presente em nossas percepções sensoriais. Alguns sentidos podem sofrer maiores perdas que outros, mas o certo é que com a idade,ocorre um desgaste natural, o que nos leva a sermos mais cautelosos em nossas ações. Consultas a médicos especialistas são recomendadas, para que possamos ser orientados adequadamente. Bjs, Edu.

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  4. José Clemente Méo Junior, é um prazer enorme contar com sua participação. Na realidade, já que a cada minuto ficamos mais velhos - fato incontestável! - quanto mais cedo começarmos a cuidar de nossa saúde, melhor. Esses cuidados, porém, não dizem respeito somente à condição de procurar médicos, mas a um leque de outras possibilidades como se alimentar de forma regular evitando gorduras pesadas, frituras, açúcares, refrigerantes,etc., dormir bem, cultivar hábitos saudáveis, fazer exercícios físicos e desafiar o cérebro, rir muito, ter pensamentos leves e colaborativos, participar de grupos socais harmoniosos e,principalmente, agradecer à vida, a Deus,à natureza o fato de estarmos aqui, vivos, presentes e atuantes. Um grande abraço.

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