• Em primeiro lugar, poderá ocupar parte do espaço reservado ao estudo tradicional, principalmente em se tratando da lição de casa e da exposição, pelo professor, do conteúdo a ser ensinado: o fato de todos os parentes se organizarem antecipadamente para garantirem sua participação nos debates que ocorrerão no prazo marcado e aceito por todos, incentivará a produção de conhecimentos novos, que serão aprofundados ou atualizados;• Estimula o trabalho em equipe: evidente que em se tratando de crianças mais novas, deficientes, pessoas adoentadas e mesmo alguns idosos, a colaboração de outras pessoas do grupo se faz importante. Este é um modo de integrar os familiares em ações conjuntas de pesquisa, análise de acontecimentos e reflexão sobre passado, presente e futuro.• Favorece o conhecimento de acontecimentos passados, que foram vivenciados pelas gerações mais velhas, assim como de fatos vividos pelas crianças e adolescentes que, talvez, nunca tenham sido discutidos.

Existe felicidade em ser idoso. Os limites naturais de saúde, memória, concentração, filhos ausentes podem ser superados pelos ensinamentos que a própria idade trouxe: experiência, liberdade, autonomia e boas lembranças de sua jornada. Este blog trará histórias de vida que confirmam fatos científicos sobre de que modo este aprendizado pode ser aplicado para a conquista da qualidade de vida.
JOGO FAMILIAR EM TEMPOS DE PANDEMIA
RESGATANDO HISTÓRIAS FAMILIARES
Houve um tempo em que se dizia que o centro da casa era a cozinha. Era de lá que vinham os aromas juntamente com o “convite” não enunciado, para que a família se reunisse nesse lugar privilegiado.
Existem histórias, aventuras,
tradições que fazem parte das famílias. Recordá-las é um modo de se garantir a
sensação de pertencimento a um grupo que possui raízes e como as árvores podem
oferecer sua sombra e florescer.
Aromas e sabores são capazes de
despertar memórias afetivas – ou criá-las. A criança começa a se habituar com a
linguagem da culinária para conquistar autonomia. Também desenvolve o senso de
equipe, de planejamento, de organização, flexibilidade mental, motivação e
persistência do esforço até a finalização do objetivo, atenção, memória e
autocontrole.
Reunir a família para
recordar/ensinar culinária é atividade intergeracional que pode ser feita
reunindo pessoas das diversas gerações: avós, pais, netos. A família toda
interage.
Aquela torta de camarão, feita
nas festas de final de ano, o bolo inglês que foi motivo inclusive para dar
início a um sonho, à aventura de criar seu próprio negócio – e por que não?
As fotos antigas da família,
registrando quem se responsabilizava pelo toque final dos doces e tortas, tudo
isso é motivo mais que suficiente para cultivar nas crianças o prazer em
confeccionar algo cuja receita a família mantém como tradição.
As crianças estão ávidas por aprender
e os avós por ensinar. Na cozinha há possibilidade para todos, independentemente
da idade e da dificuldade que cada um possa apresentar.
Distribuir as tarefas compete aos
adultos. Para isso faz-se necessário ter em mãos alguns equipamentos: uma
balança, medidas equivalentes a 1 xícara, ½ xícara, 1 colher de sopa, de sobremesa, de chá e
café. Converter os ingredientes secos em gramas e os líquidos em mililitros serão
aquisições inestimáveis para as crianças.
Untar a forma, fazer a calda, descobrir como deixá-la brilhante são conhecimentos para a vida toda. Cronometrar o tempo para assar, assim como participar da lavagem da louça usada, da arrumação da mesa para o lanche, com suco ou chá, promovem o bom gosto e o prazer de se fazer algo bonito, que certamente contribuirá esteticamente para que se crie um ambiente de harmonia, paz de espírito e muita troca de informações.
COMO DESENVOLVER A MEMÓRIA AUDITIVA
Houve um tempo em que as
famílias, ao final da tarde, início da noite, se reuniam nas calçadas de suas
casas; cada pessoa levando uma cadeira de praia, dessas de fácil montagem, e
passavam horas conversando, brincando com os pequeninos, acompanhando os mais
jovens em suas aventuras e desventuras de adolescência. Não só a família
participava, como também, muitas vezes, a vizinhança toda.
Talvez não voltemos jamais a
atividades tão românticas, saudosas e gostosas, mas por que não, nas tardes modorrentas
de finais de semana, ou nestes dias em que a família inteira está obrigada a conviver
em isolamento, crianças, vovós e vovôs não joguem um jogo – não precisa contar para
ninguém que é uma atividade terapêutica – muito divertido e estimulante?
As atividades intergeracionais
possuem como objetivo fundamental a possibilidade de aprofundar os vínculos
familiares entre as diversas gerações que compõem uma família, de modo a
facilitar a comunicação, o respeito, as memórias familiares, a importância de
cada pessoa e do grupo como núcleo familiar.
Envelhecer traz muitas
vezes, uma certa dificuldade em ouvir com a mesma clareza de tempos atrás.
Alguma insuficiência auditiva pode representar um esforço maior ao participar
de atividades em grupo e muitos idosos podem preferir isolar-se, o que
representa a pior escolha, pois juntamente com o isolamento, não raro a falta
de atenção, de concentração e outras condições limitantes também podem ser
fazer presentes.
A família pode contribuir para
desenvolver a memória dos idosos. Em um jogo colaborativo que envolve
diferentes gerações – é o princípio da integração intergeracional.
·
É possível acionar um aparelho elétrico
conhecido por todos, por exemplo uma batedeira de bolos, e sem que as pessoas a
vejam, propor que descubram do que se trata. Pode ser também o som de uma ou várias
moedas ou diferentes objetos caindo.
·
Pode-se também usar um instrumento musical –
melhor ao vivo, mas pode ser uma gravação – como uma flauta, um violão, triângulo.
·
É possível preencher copos de vidro ou garrafas
com quantidades diferentes de água, bater levemente com colheres e pedir que a
pessoa identifique a variação do som – notas musicais para quem tiver algum talento, mas não é obrigatório.
·
A possibilidade de alguém se utilizar dos sons,
recordando uma melodia conhecida por todos, pode servir como estímulo para que
os outros participantes também a reconheçam e elaborem, por exemplo, um ritmo
diferente ou uma variação na melodia que deverá ser seguida pelo restante do
grupo. Melhor ainda, se cada um a seu tempo, empregar uma variação a ser
seguida pelas outras pessoas.
Bom divertimento!
IDOSOS PODEM CONQUISTAR OS JOVENS, SE DIVERTIR ENSINANDO E APRENDENDO
Primeiro de tudo é preciso lembrar que aprender é
atividade inerente ao ser humano em qualquer idade. O homem é curioso, pensa,
questiona, coloca em dúvida a ordem estabelecida e percebe possibilidades inéditas
de agir. O fato de questionar-se e indagar o ambiente o faz buscar responder
suas perguntas, encontrar alternativas de soluções que possam satisfazê-lo.
Assim, fazendo aprende. Através do ensaio e erro, de acertos e desacertos se
desenvolve e, ao mesmo tempo, participa e auxilia no desenvolvimento da
sociedade. Isso é uma vantagem para os idosos, eles erraram e acertaram mais; portanto
sabem!
Aprender gera prazer. Por ser ato pessoal é experiência
única, intransferível. É prática que se vive, sempre, individualmente,
conquista de cada um, embora possa ser socializada como conhecimento adquirido.
Cada pessoa ao se desenvolver repete, em suas experiências, o
modo como a humanidade se desenvolveu. Assim, para toda a aprendizagem há um
percurso de maturação a ser feito e, como resultado, teremos pessoas mais
ajustadas ao seu ambiente, com vivências únicas que transformam sua realidade, fortalecendo-as
nos aspectos físicos, cognitivos e psicossociais.
Por onde se dá início às aprendizagens? Pelos órgãos dos
sentidos: visão, audição, paladar, tato e olfato. O ambiente em que a criança
vive é rico em estímulos. Desde o útero, o bebê se acostuma com os sons que
ouve, seja do organismo de sua mãe ou de sua voz; a partir do sexto mês de
gravidez, já com os ouvidos totalmente desenvolvidos, escuta o ambiente externo
e a ele responde.
Ao nascer, uma profusão de odores, sabores, imagens, toques,
ruídos, cores desafiam a criança e a instigam a desbravá-los. Ela se vale de todos
os recursos disponíveis e interage com o ambiente. E sobre ele aprende,
conquista novos conhecimentos. Conhecendo o seu entorno, aprofunda-se no
conhecimento sobre si mesma.
Há um sem número de atividades que poderão ser aproveitadas
para estimular os órgãos dos sentidos e mantê-los preservados tanto das
crianças quanto das pessoas idosas.
Comecemos pelo tato.
Separe vários objetos, utilizando desde gravuras retiradas de
revistas, fotos familiares, novelos de lã, tecidos, talheres, pincéis, brinquedos
e tudo o que se puder colocar em uma caixa fechada ou em um saco de TNT grande.
O mais importante, aqui, é que os objetos usados não sejam unicamente
ilustrações impressas que muitas vezes distorcem o estímulo e refletem uma
realidade distante, talvez desconhecida para quem participa do jogo.
A foto de um coelho, por exemplo, po
Aqui vale fazer o maior número de referências sobre o coelho,
comparando-o aos objetos que estão na caixa ou no saco de TNT. As crianças, adolescentes,
adultos e idosos que participam deste momento têm histórias para contar sobre
sua experiência com este animal?
O vovô e a vovó podem transformar as brincadeiras com seus
netos – e mesmo com adolescentes desde que descubra quais seus interesses - ajustando
estas dicas. Atenção: vocês estão em um processo de ensino e aprendizagem,
porém têm que ser brincando e se divertindo.
A BENÇÃO DE ABENÇOAR
NESTES TRISTES TEMPOS, VIVER A VIDA PLENAMENTE
NOVIDADES NO GRUPO E NO BLOG
Nosso projeto de QUALIDADE DE VIDA & IDOSOS tem atraído interesse para nossa causa.
Em fevereiro estarão "no ar" duas novidades, ainda em fase de elaboração técnica.
1 - Postagens classificada em TÓPICOS onde cuidadores, hotéis para idosos, eventos, ofertas e procura de profissionais poderão divulgar seus serviços.
2 - Discussões sobre temas de interesse a idosos em UNIDADES, para discussão franca e aberta sobre concentração, memória atenção, planejamento,vida social.
Aguarde mais informações sobre como participar.
A FONTE DA ETERNA JUVENTUDE
Uma coisa é certa: não é a idade que importa quando se trata do envelhecer. Lembro-me de meus pais, não sei precisar a idade que tinham, mas, certamente tinham 60 anos ou mais. Eles diziam que às vezes se assustavam ao ter que citar a idade que possuíam, já que esta em nada coincidia com a energia que sentiam ter. E nesses momentos de reflexão e recolhimento, meu pai ainda dizia: “Quem me dera ter a disposição que tive nos meus 30 anos somada à experiência que possuo hoje!” E completava: “Ninguém me superaria!”