A IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO DIFERENCIADA PARA O IDOSO

O que representa a atenção diferenciada para o idoso? Muitas vezes, representa a fronteira entre o respeito e a indiferença frente à sua condição. Carinhos, abraços, sorrisos, consideração, o olhar cúmplice e compreensivo, o silêncio compartilhado são algumas das formas distintas de cuidar, evidenciando não apenas a presença atuante do cuidador, mas principalmente, a importância por ele dada ao vínculo a ser estabelecido ou ampliado com essa pessoa.

A velhice é, única e exclusivamente, uma etapa a mais da vida à qual não estamos plenamente habituados, sendo por isso ainda tão pouco considerada pela mídia, pelos órgãos governamentais e por muitas de nossas famílias.

Diferentemente do que muitos imaginam, essa fase da vida não é, por si só, triste.
Como poderia, se ela representa um momento único em que o idoso repensa seus caminhos e, ao avaliar os momentos bons e ruins que viveu, constrói sabedoria e desenvolve sua espiritualidade?

Ser idoso também não é, necessariamente, estar doente.  A doença é uma situação que pode ser vivida a qualquer momento e em qualquer etapa da vida, independente de a pessoa ser uma criança, um jovem, um adulto ou um idoso.

No envelhecer, as ações e reações físicas e cognitivas vão se tornando mais lentas e funções mentais como a atenção, a concentração, a memória, o planejamento já não atuam com a mesma precisão que antes e necessitam ser exercitadas.

Vários problemas considerados como consequência da idade avançada, hoje são atribuídos não ao envelhecimento, mas ao estilo de vida ou a doenças que podem ou não acompanhar o envelhecimento. Assim como ocorre o desenvolvimento das condições físicas, mentais, habilidades etc., durante a infância até a maturidade, ocorre também um declínio físico que tem início na meia idade e continua progredindo à medida que os anos passam ocasionando, muitas vezes, maiores possibilidades de isolamento social, fragilidade e dependência do idoso.

Resultado de pesquisas da neurociência sabe-se que, independentemente da idade que se possa ter, há sempre espaço para novas aprendizagens e por elas, o cérebro agradece. Estamos falando da neuroplasticidade, a capacidade que o cérebro possui de modificar-se mesmo após alguma doença, por exemplo, que altere o seu funcionamento.

Atualmente, graças ao expressivo aumento dos anos de vida das pessoas, resultado da elevação das condições gerais da sociedade, começa a ser comum a situação em que os filhos assumem o lugar de cuidadores de seus pais. 

A velhice pode se tornar triste para o idoso e “pesada” para quem dele cuida se não houver afinidade, respeito, compreensão e, fundamentalmente, alegria nessa relação.
Conte suas experiências.

Quais estratégias você, como cuidador de um parente idoso pode sugerir? Com sua permissão poderemos publicar e comentar. 

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6 comentários:

  1. O que você comentaria sobre o "namoro" entre idosos? Minha mãe, mais de 75, está "interessada" em um vizinho de uns 80 e ele também por ela. Eles parecem felizes, mas há um certo escândalo na família...

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  2. Amar, meu caro Anônimo, é o maior e mais puro sentimento que uma pessoa pode sentir. A princípio, creio que todos, sem distinção, têm o direito de amar e de serem correspondidos em seu afeto e não é a idade que irá impedir que as pessoas se relacionem amorosamente. O que me causa estranheza é o "escândalo familiar". Creio também que eles não consultaram a família para tomar a decisão de se apaixonarem. E, se ambos são lúcidos e coerentes em suas ações, serão também lúcidos e coerentes em seus sentimentos e nas suas manifestações. Por favor, dê um abraço carinhoso neles.

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    1. Paixão não tem idade,eles tem que mergulhar de cabeça e ir fundo !

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  3. Malu,gostei muito !Curti especialmente o "exercício para a memória (sua especialidade), a atenção, concentração". Tem mesmo que ser ecercitados! Também importante a idéia de fazer parte das funções do cuidador a utilização constante da alegria e acrescento o "bom humor".

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  4. Eduardo Meyer, falar do idoso, para ele tem se revelado uma feliz aprendizagem, até porque também sou idosa. Estou cada vez mais interessada no tema e em suas variadas possibilidades. Há tanto o quê viver e aprender e é muito bom quando percebemos que outras pessoas também se entusiasmam pelo assunto tanto quanto a gente! Grata, meu amigo! Bjs

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  5. Eduardo Meyer, comecei a resposta, mas acabei publicando antes de reler e perceber que estava faltando complementar um comentário: "... falar do idoso, para ele, para seus familiares e cuidadores, tem se revelado uma feliz aprendizagem, até porque sou idosa". Não falo somente para o idoso, mas para quem participa desse universo encantador. Conversa intergeracional, que engloba todos os idosos e todos os que almejam "chegar lá!"

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