Mensagens diretas, objetivas,
monossilábicas, onde o que importa é a rapidez com que enviamos nosso
comentário para prender a atenção da outra pessoa, escrito sem maiores cuidados
ou organização lógica do pensamento, pontuação, concordância, com abreviações
que mais parecem um tipo de código e emojis engraçadinhos que garantem a
sensação de que sentimentos estão sendo transmitidos juntamente com as
mensagens.
Em minha infância, o dia de Natal,
assim como os aniversários dos parentes mais idosos, era comemorado em casa de
meus avós. Nessas ocasiões reuníamos pelo menos 22 pessoas da família. Aqueles
eram dias aguardados por todos com muita alegria, pois sabíamos que o almoço avançaria
pela tarde inteira e que nos “alimentaríamos” com as delícias que minha avó, mãe e tias faziam especialmente para a ocasião, assim como das conversas que teríamos com todos, não importando as diferenças de idade ou de experiências de vida. Eram conversas que culminavam com muitas risadas, toques físicos, abraços e brincadeiras envolvendo todas as pessoas em perfeita comunhão!
pela tarde inteira e que nos “alimentaríamos” com as delícias que minha avó, mãe e tias faziam especialmente para a ocasião, assim como das conversas que teríamos com todos, não importando as diferenças de idade ou de experiências de vida. Eram conversas que culminavam com muitas risadas, toques físicos, abraços e brincadeiras envolvendo todas as pessoas em perfeita comunhão!
Uma queixa bastante comum entre
quem tem 60 anos ou mais diz respeito ao diálogo que as crianças e os jovens
hoje em dia estabelecem entre si e principalmente quando em presença de pessoas
mais velhas. A maioria das vezes ocorre um “diálogo digital” no qual ideias são
trocadas por meio do WhatsApp e de outros aplicativos; pouco se verbaliza e
todos os olhares e atenções se voltam para o celular na ânsia de que alguém
inicie ou dê continuidade a uma conversa, mesmo que esse alguém esteja presente
na mesma sala!
Hoje, as reuniões familiares
juntam pessoas de diferentes idades que ficam duelando entre si, as mais jovens
pelo direito de se divertirem conversando pelo WhatsApp, “dedilhando” mensagens
comentando a chatice de tal reunião e, de outro lado, os mais velhos reclamando
a atenção dos mais novos, julgando-os mal educados e impertinentes por prestarem
mais atenção ao celular do que à presença das pessoas.
Nesse cenário todo parece até que
as barreiras naturais que muitas vezes prejudicam ou impedem a comunicação
entre as gerações são reforçadas pela simples existência desses aparelhos, os
celulares. Então, surge a pergunta: tal situação não tem jeito?
Claro que tem. A resposta é mais
simples e divertida do que se imagina, mas exige que a iniciativa seja tomada
pelas pessoas mais velhas e que sua preparação seja feita com muita calma para
atender a todos os níveis de conhecimento de quem estará presente na reunião.
Aqui vai o passo a passo da
brincadeira:
1. Enviar
para cada criança e para a moçada presente à reunião, pelo WhatsApp, convite
para participarem de um desafio e saber qual turma consegue atingir primeiro a
meta estabelecida. Estabelecer quantas pessoas poderão participar de cada
grupo, misturando, sempre, uma quantidade semelhante de crianças e
adolescentes.
2. Estabelecer
que as pistas serão oferecidas via WhatsApp.
3. Começar
a encaminhar para os grupos: perguntas sobre a atualidade, conhecimentos
gerais, matemática, charadas, ortografia, curiosidades etc. e também tarefas
que impliquem a possibilidade de o grupo escolher uma pessoa mais velha,
presente à reunião, elaborar uma pequena poesia ou música e apresentá-la aos
demais ou ainda pedir que essa pessoa acompanhe o grupo na solução da próxima
prova.
Cada tarefa deve
envolver todas as crianças e jovens e contemplar, se possível algumas das
pessoas idosas.
Todos irão se divertir muito!
E, certamente, este poderá ser um
canal para se restabelecer o diálogo presencial, colocando as pessoas, desta
vez, em primeiro plano.
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Muito obrigada!
Olá, Malu! Gostei da sua proposta para integrar as diferentes gerações em nossas reuniões familiares, sem causar irritação ou chateação nos diferentes grupos. Concordo que deve haver mais interesse das gerações mais velhas pelas novidades da tecnologia. Afinal, é uma ferramenta preciosa quando bem usada.
ResponderExcluirParabéns, pelo seu blog! Até a próxima!
Sandra,grata por seu comentário! Não é possível condenar a tecnologia, muito menos as pessoas mais jovens por se colocarem tão conectadas. Então, minha sugestão é que possamos promover a integração multigeracional através do lúdico, de propostas que mobilizem todas as pessoas, não desprezando a tecnologia, mas colocando-a a serviço das pessoas nessa integração. Beijos.
ExcluirBeijos, minha querida.
ExcluirMuito interessante
ResponderExcluirSusete Romano, seja bem vinda! Grata por sua participação. Falaremos mais vezes sobre essas questões. Beijos
ExcluirLegal Malu, em nossas reuniões fomos informados que o Whatsapp é a ferramenta mais utilizada pelos 60+ de todo o mundo, portanto, a mais apropriada para esta integração ! Achei ótima a idéia, que tal desenvolvermos algo neste sentido ? Não apenas para a integração familiar, mas também como uma rede de apoio aos idosos solitários?
ResponderExcluirEduardo Meyer, grata por seu comentário, prezado amigo! Podemos combinar de conversarmos sobre esse assunto específico, bastante atual e que atinge não apenas os brasileiros de todas as idades, mas o mundo inteiro . Um grande abraço.
ResponderExcluirAchei muito interessante sua proposta para envolver toda as pessoas presentes em uma festa familiar, pois além da presença, muitas vezes "incomoda", dos aparelhos tecnológicos há também um certo desinteresse dos mais novos pelas conversas com os mais velhos. Boa ideia!
ResponderExcluirMônica Mendes, grata por sua participação! Acredito que esse seja um jeito de fazer todos participarem dessas reuniões tal como ocorria há tempos atrás, sem desprezar a tecnologia, mas fazendo dela nossa aliada. Beijos, amiga!
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