COMO DESENVOLVER A MEMÓRIA AUDITIVA

 

Houve um tempo em que as famílias, ao final da tarde, início da noite, se reuniam nas calçadas de suas casas; cada pessoa levando uma cadeira de praia, dessas de fácil montagem, e passavam horas conversando, brincando com os pequeninos, acompanhando os mais jovens em suas aventuras e desventuras de adolescência. Não só a família participava, como também, muitas vezes, a vizinhança toda.

Talvez não voltemos jamais a atividades tão românticas, saudosas e gostosas, mas por que não, nas tardes modorrentas de finais de semana, ou nestes dias em que a família inteira está obrigada a conviver em isolamento, crianças, vovós e vovôs não joguem um jogo – não precisa contar para ninguém que é uma atividade terapêutica – muito divertido e estimulante?

As atividades intergeracionais possuem como objetivo fundamental a possibilidade de aprofundar os vínculos familiares entre as diversas gerações que compõem uma família, de modo a facilitar a comunicação, o respeito, as memórias familiares, a importância de cada pessoa e do grupo como núcleo familiar.

Envelhecer traz muitas vezes, uma certa dificuldade em ouvir com a mesma clareza de tempos atrás. Alguma insuficiência auditiva pode representar um esforço maior ao participar de atividades em grupo e muitos idosos podem preferir isolar-se, o que representa a pior escolha, pois juntamente com o isolamento, não raro a falta de atenção, de concentração e outras condições limitantes também podem ser fazer presentes.  

A família pode contribuir para desenvolver a memória dos idosos. Em um jogo colaborativo que envolve diferentes gerações – é o princípio da integração intergeracional.

·       É possível acionar um aparelho elétrico conhecido por todos, por exemplo uma batedeira de bolos, e sem que as pessoas a vejam, propor que descubram do que se trata. Pode ser também o som de uma ou várias moedas ou diferentes objetos caindo.

·       Pode-se também usar um instrumento musical – melhor ao vivo, mas pode ser uma gravação – como uma flauta, um violão, triângulo.

·       É possível preencher copos de vidro ou garrafas com quantidades diferentes de água, bater levemente com colheres e pedir que a pessoa identifique a variação do som – notas musicais para quem tiver algum talento, mas não é obrigatório.

·       A possibilidade de alguém se utilizar dos sons, recordando uma melodia conhecida por todos, pode servir como estímulo para que os outros participantes também a reconheçam e elaborem, por exemplo, um ritmo diferente ou uma variação na melodia que deverá ser seguida pelo restante do grupo. Melhor ainda, se cada um a seu tempo, empregar uma variação a ser seguida pelas outras pessoas.

Bom divertimento!