Em minha adolescência, ia para o colégio de ônibus. Fazer aquele trajeto de ida e volta representava para mim um imenso e desagradável desafio, já que muitas vezes, ao entrar no ônibus, percebia com desgosto que todos os assentos estavam ocupados.
Naquele tempo, acima das janelas e percorrendo toda a extensão do veículo, havia um cordão que, ao ser puxado, fazia soar o sinal de parada no próximo ponto. Em pé, no corredor , me era impossível alcançar o cordão do sinal. Minha estrutura física é a de uma pessoa pequena – meus pais diriam “mignon”. Na escola, fazíamos fila para entrar na sala de aula e, fatalmente, meu lugar era ser a primeira naquela formação.
Hoje, me tornei usuária de ônibus e metrô. Encontro as estações cada vez mais apinhadas de gente e trens